Apolíneo & Dionisíaco
Na última aula foram discutidos os conceitos de "apolíneo" e "dionisíaco". Nietzche acreditava que a combinação desses dois tipos de estética geram a forma ideal de arte. Como Apolo é o deus da beleza, Nietzche o associava à razão, harmonia, forma e artes plásticas e Dionísio, como o deus do vinho, era associado à intoxicação, desarmonia, caos e ausência de forma. Assim, a junção de ambos, para ele, gera uma configuração que melhor nos permite lidar com a vida e afirmá-la.
A presença desses conceitos pode ser identificada em diversas expressões artísticas do meu universo pessoal.
Em primeiro lugar, escolhi um quadro de Salvador Dalí, um artista que eu sempre gostei muito pelos seus quadros surrealistas. Em suas obras ele apresenta imagens distorcidas, desconexas e excêntricas que despertam diversas sensações quando as observamos. São um ótimo exemplo do elemento dionisíaco por mostrar a dissolução dos limites dos indivíduos e a desordem.
Criança geopolítica observando o nascimento do novo homem (1943)
Em segundo lugar, selecionei uma música do Djonga, um dos meus artistas favorito. Ela apresenta o elemento apolíneo, uma melodia harmoniosa no fundo da música e temas relacionados à razão, fatos cotidianos, mas também apresenta o dionisíaco, pois é cantada de forma desordenada, por se tratar de rap, e, apesar de abordar assuntos racionais, irradia emoções aos ouvintes.
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